Os estudantes que utilizam o Passe Livre Estudantil em Juiz de Fora precisam, a partir de agora, cadastrar a biometria facial para continuar tendo acesso ao benefício. O prazo para quem já possui o cartão vai até o dia 31 de agosto. Caso o estudante não valide a biometria, pode ocorrer a perda do direito de utilizar o passe. A medida vale para todos que já haviam efetivado o cartão antes do processo começar.

Segundo a Prefeitura, a novidade tem como objetivo garantir que o benefício seja usado apenas pelo próprio estudante. O sistema cruza a imagem cadastrada com os dados do cartão, o que permite identificar possíveis irregularidades. Na prática, isso torna o processo mais seguro e justo, reforçando que apenas alunos devidamente matriculados possam contar com a gratuidade no transporte.
O procedimento é simples e pode ser feito diretamente pelo celular, no aplicativo Atlas Mob, disponível para Android e iOS.
Como fazer o cadastro
Para criar o cadastro, o estudante precisa baixar o aplicativo Atlas Mob, inserir email e data de nascimento, preencher os dados pessoais e validar o acesso pelo link enviado ao email informado.
No caso de menores de idade, o responsável deve atualizar o cadastro e validar o registro utilizando seu próprio email — que não pode ser o mesmo usado na hora de efetuar o cadastramento. Após essa etapa, basta acessar a opção “Alteração de foto” e registrar uma imagem nítida do rosto, em local bem iluminado e com fundo neutro. Essa será a foto utilizada para o reconhecimento facial vinculado ao cartão do Passe Livre.
Quem tiver dificuldades pode procurar a Atransp, na Rua Espírito Santo, 296 – Poço Rico, ou entrar em contato pelo telefone (32) 3228-9700.
O benefício
O Passe Livre Estudantil foi aprovado em março deste ano pela Câmara Municipal, depois de anos de debate entre vereadores, movimentos estudantis e a própria comunidade escolar. O programa garante gratuidade no transporte coletivo urbano para alunos da rede pública municipal, estadual e federal, incluindo estudantes da UFJF e do IF Sudeste.
A proposta surgiu para diminuir um dos principais obstáculos enfrentados por estudantes de famílias de baixa renda: o gasto com as passagens de ônibus. Em muitos casos, o valor diário representava uma fatia significativa do orçamento, levando jovens a faltarem às aulas ou a abandonarem cursos. Com o Passe Livre, o transporte deixa de ser um empecilho e passa a ser um direito garantido.
A exigência da biometria facial, por outro lado, também gera debates. Alguns estudantes veem a medida como positiva, já que aumenta a segurança e evita que o cartãoCid seja usado por terceiros. Outros, no entanto, demonstram preocupação quanto à privacidade e ao armazenamento de dados, além das dificuldades de quem não possui acesso fácil a smartphones ou internet.
Apesar das críticas, a Prefeitura defende que o reconhecimento facial é uma etapa necessária para fortalecer o programa e garantir sua continuidade. A expectativa é que, com mais controle sobre o uso, o benefício permaneça sustentável e continue atendendo milhares de jovens em Juiz de Fora.
Para quem ainda não solicitou o Passe Livre, o cadastramento permanece aberto, sem data limite para encerramento. Ou seja, novos estudantes podem se inscrever a qualquer momento do ano. A gratuidade segue sendo um recurso fundamental para ampliar o acesso à educação na cidade, diminuindo desigualdades e possibilitando que mais jovens frequentem escolas e universidades sem o peso do custo da passagem.